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Inicio das aulas 2º semestre: 26/07/2010.











Apresentação.

Prezados amigos da Faculdade Gama e Souza, esse BLOG tem por unico objetivo fazer a complementação didática aos discentes. Bons Estudos.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A ARTE DE ARGUMENTAR – Profª Luciana Gavioli - Aula 26/MAI/2010.

POR QUE APRENDER A ARGUMENTAR?
A idéia de que vivemos em sociedade comporta, no tempo presente, duas ordens de reflexão. A primeira é que essa sociedade cresceu e se expandiu demais. A outra reflexão é que, vitimados por uma educação desestimulante, submetidos ao julgamento crítico da opinião pública, massificados pela mídia, vivemos nossas vidas adiando ou perdendo nossos sonhos e isso nos torna infelizes.
Todos nós teríamos muito mais êxito em nossas vidas, produziríamos muito mais e seríamos muito mais felizes, se nos preocupássemos em gerenciar nossas relações com as pessoas que nos rodeiam ___ conversar com elas, argumentar, expor seus pontos de vista ____ desde o campo profissional até o pessoal.
Segundo Antônio Suárez Abreu, saber argumentar é, em primeiro lugar, saber integrar-se ao universo do outro. É também obter aquilo que queremos, mas de modo cooperativo e construtivo, traduzindo nossa verdade dentro da verdade do outro. O verdadeiro sucesso depende da habilidade de relacionamento interpessoal, da capacidade de compreender e comunicar idéias e emoções.
GERENCIANDO INFORMAÇÃO
Em pesquisa recentemente realizada nos Estados Unidos, chegou-se à conclusão de que, entre as competências necessárias para que o País continue líder mundial no próximo século, está a de gerenciamento da informação por meio da comunicação oral e escrita, ou seja, a capacidade de ler, falar e escrever bem. O mais importante não são as informações em si, mas o ato de transformá-las em conhecimento. As informações são tijolos e o conhecimento é o edifício que construímos com eles.
Desde 1924, filósofos como Theodor Adorno, Walter Benjamin e, mais tarde Herbert Marcuse e Erich Fromm nos alertam sobre os perigos da cultura de massa e da indústria cultural. Na verdade, a mídia nos oferece uma espécie de “visão tubular” das coisas. É como se olhássemos apenas a parte da realidade que ela nos permite olhar, e da maneira como ela quer que nós a interpretemos, fazendo assim um alinhamento de pontos de vista .
A maioria do que pensamos e fazemos é fruto dos discursos que nos constroem, enquanto seres psicossociais. Na sociedade em que vivemos somos moldados por uma infinidade de discursos: discurso científico, discurso jurídico, discurso político, discurso religioso, discurso de senso comum etc. Paramos o automóvel diante do sinal vermelho, porque essa atitude foi estabelecida pelo discurso jurídico das leis de trânsito. Votamos em tal candidato de tal partido, porque esse tipo de voto foi conquistado pelo discurso político desse candidato.
Entre todos os discursos que nos governam, o mais significativo deles é o DISCURSO DO SENSO COMUM. Trata-se de um discurso que permeia todas as classes sociais, formando a chamada opinião pública. Por exemplo: na verdade, o discurso do senso comum não é um discurso articulado; é formado por fragmentos de discursos articulados. Tanto uma pessoa humilde e iletrada quanto um executivo de alto nível, com curso universitário completo, costumam dizer que os políticos são, em geral, corruptos ou que o brasileiro é relaxado e preguiçoso.
Como nos defender de tudo isso? Simplesmente, obtendo informações em outras fontes. Quantos livros você leu no ano que passou? Informativos e formativos? E literatura? Hamlet de Shakespeare, por exemplo, é uma peça de teatro que se lê em dois dias! E quanta coisa se aprende sobre a alma humana!
Por meio da leitura, podemos, pois, realizar o saudável exercício de conhecer as pessoas e as coisas, sem limites no espaço e no tempo. Descobrimos, também, uma outra maneira de transformar o mundo, pela transformação de nossa mente. Isso acontece, quando nós adquirimos a capacidade de ver os mesmos panoramas com novos olhos. À medida que for lendo, verá que o próximo livro sempre fica mais fácil, pois seu repertório vai ganhando aquilo que os físicos chamam de “massa crítica” e, a partir daí, você terá condições de fazer uma leitura mais seletiva da mídia, criticar as informações e construir um conhecimento original.
A revista Veja publicou, 1998, alguns comentários sobre o ensino das Humanidades na Liberal Art School de Middlebury, nos Estados Unidos:
Essa é a essência da educação por meio do estudo das humanidades: desenvolver o pensamento, sem nenhuma utilidade ou objetivo prático. Educa-se a cabeça, aprende-se a pensar, estudando literatura, grego, filosofia. No final das contas, é supremamente útil. Cabeça feita não é pouca coisa. È essa gente, afiada no estudo dos clássicos, que as grandes empresas querem contratar. As empresas citadas na lista das 500 maiores pela revista Fortune não vão procurar administradores ou engenheiros para os seus futuros quadros dirigentes, mas sim essas pessoas ilustradas nos clássicos e que pouca disciplinas “práticas” cursaram (Veja ano 31, n. 33, p. 112).
GERENCIANDO RELAÇÃO
No espaço privado, acabamos gerenciando mais informação e menos relação. Dentro de casa, raramente as pessoas dizem por favor ou muito obrigado. No espaço público, até mesmo por motivo de sobrevivência social , as pessoas procuram, com maior ou menor sucesso, gerenciar, além da informação, a relação.
Bibl: ABREU, Antonio S. A arte de argumentar: gerenciando razão e emoção. 11ed.SP: Ateliê Editorial, 2008.




COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO - PRFA LUCIANA GAVIOLI
AS RELAÇÕES DE CAUSA E CONSEQÜÊNCIA – CRIAÇÃO DE ARGUMENTOS


1.Essas relações são criadas a partir de um TEMA estabelecido (uma afirmação ou um problema).
2.Para encontrarmos a CAUSA, fazemos a pergunta: POR QUÊ? ao tema proposto. A intenção é exatamente descobrir o MOTIVO que gerou tal situação.
3.A partir daí, perguntamos: O QUE ACONTECE EM RAZÃO DISSO? A intenção é enumerar as CONSEQÚÊNCIAS provocadas pela afirmação inicial (TEMA).
4.Todas as proposições devem ter uma relação direta com o assunto.

Veja uma situação do cotidiano:
Ex.1: Cícero procura um médico e fala de um problema que está enfrentando nos últimos anos: tosse muito durante a noite,expele um pigarro de cor amarelada e não dorme bem= Problema.
Afirma que fuma de 3 a 4 maços de cigarro por dia (causa do problema = o que gerou essa situação)
A partir dessas informações e ciente da causa, o médico busca descobrir as conseqüências: Após exames rigorosos foi diagnosticado câncer no pulmões. (conseqüência pelo uso abusivo do cigarro)

Ex.2: O incentivo à adoção de crianças tem recebido uma atenção especial do poder público. Com o aumento das campanhas através da mídia escrita e falada, ou passeatas, um número cada vez maior de casais e solteiros têm se interessado por adotar crianças que foram abandonadas. Dentre o grupo de “prováveis pais” a legislação concede o direito de adoção aos jovens a partir de 18 anos, casados ou não, estáveis financeiramente ou não.
(*) Mais aconselhável é apontar os ASPECTOS + / - da questão. Não está afastada o uso de argumentação por causas/ consequências.

Ex 3: O Brasil enfrentou, nos últimos 20 anos, gravíssimos problemas econômicos que fizeram, dentre outros problemas, com que fosse um devedor por décadas do FMI. Há 4 anos o país reverteu esse quadro: pagou a dívida ao FMI, emprestando dinheiro ao órgão; estabilizou sua economia interna; projetou-se na economia mundial e se tornou em 2009 um dos 5 países com maior expansão econômica.

(*) Neste tema pode ser abordado duas linhas de argumentação: ASPECTOS + / - e CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

Ex 4: A baixa qualificação do ensino das escolas públicas brasileiras.
CAUSAS: a) A preocupação das Secretarias Estaduais de Educação para alcançar índices de aprovação exigidos e estipulados pelo MEC.
b)A falta de supervisão e de avaliação do grau de aproveitamento dos alunos pelos órgãos educacionais competentes.

CONSEQÜÊNCIAS:
a) Alunos mal preparados e sem condição de competir no mercado de trabalho.
b)Professores desmotivados para melhorar a qualidade do ensino porque são incentivados e muitas vezes forçados a aprovar os alunos, mesmo sem capacitação, para atender os índices estipulados pelo Governo ou Munícipios.

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